O Brasil foi descoberto em 1500 pelos portugueses. Com eles vieram os escravos e com os escravos vieram as sementes de maconha, utilizada de forma fumada, por um cachimbo de barro, no qual ficou conhecido como “Pito do Pango“.
Em 1830 foi instituído o Código Criminal, no Rio de Janeiro. Em 4 de Outubro do mesmo ano, entrou em vigor uma lei na qual ficava proibida a venda e o uso da cannabis, trazida pelos negros como parte de sua cultura, fazendo com que o Brasil se tornasse o primeiro país a estabelecer uma lei contra a maconha, no mundo.
Com a maior população escravizada no mundo naquela época, o ato de fumar maconha se torna crime, claramente por racismo.
Dizia a lei: “É proibida a venda e o uso do “Pito do Pango”, bem como a conservação dele em casas públicas: aos contraventores serão multados, a saber, o vendedor em 20$000, e os escravos, e mais pessoas que dele usarem em 3 dias de cadeia.”
Uma lei racista, primeiro porque separa os escravos de pessoas comuns e segundo porque criminaliza os negros escravos em 3 dias de cadeia por consumirem maconha, enquanto ao vendedor obviamente branco, recebia apenas uma multa.
De lá pra cá o que mudou? Não muita coisa, os negros continuam sendo presos por no mínimo 3 anos como traficantes por portarem 10 gramas de maconha, enquanto o branco, com a mesma quantidade de maconha, assina como usuário e sai pela porta da frente da delegacia, no mesmo dia.
A legalização da maconha faz parte da reparação social no Brasil.