Uma em cada três pessoas no mundo sofre de uma doença neurológica em algum ponto da vida, afirma um relatório divulgado este ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este é um problema que se agrava, pois nas últimas três décadas o número absoluto de mortes por distúrbios neurológicos aumentou em 39%.

Somente em 2016, foram responsáveis ​​por 9 milhões de mortes no mundo, o que faz das doenças neurológicas a segunda principal causa de óbitos, perdendo somente para as doenças cardiovasculares.

Este quadro preocupante indica a importância de tratamentos eficazes para tantas pessoas afetadas por doenças degenerativas pelo mundo.

O que são os problemas, transtornos ou doenças neurológicas?

São as doenças do sistema nervoso, que incluem o cérebro, a medula espinhal e outros nervos. O sistema nervoso é dividido entre:

Podem ser problemas estruturais, bioquímicos ou elétricos.

Os sintomas são diversos, como parálise, fraqueza muscular, problemas de coordenação, perda de sensibilidade, convulsões, confusão, dores.

Doenças neurológicas mais comuns

Segundo matéria publicada no The Science Times em fevereiro deste ano (1), as mais comuns são: Alzheimer, epilepsia, Paralisia de Bell, Esclerose Múltipla, Doença de Parkinson e enxaqueca.

Cannabis medicinal no tratamento de problemas neurológicos: o que a ciência já sabe?

Para entender os efeitos do CBD no cérebro, é preciso entender como nosso corpo o processa. Temos um sistema neuromodulador chamado Sistema Endocanabinóide. Ele é responsável pela regulação de funções psicológicas, cognitivas como humor, estresse e memória. E funções fisiológicas, como apetite e resposta à dor. Ele também mantém a homeostase, que é o equilíbrio do organismo para seu bom funcionamento.

A Cannabis contém substâncias naturais que agem como os endocanabinóides que produzimos, e se conectam aos mesmos receptores. O sistema endocanabinóide está presente no cérebro e por todas as partes do corpo.

Efeitos do canabidiol (CBD) no cérebro

A principal função do CBD no cérebro é a redução de inflamação, que está ligada a diversos distúrbios, como ansiedade, depressão, problemas de memória, derrames, epilepsia, Alzheimer, fadiga, confusão.

Esse efeito anti inflamatório é reportado também no restante do corpo, usando o sistema endocanabinóide.

A Cannabis contém mais de 110 canabinóides que se conectam com os receptores do sistema endocanabinóide.

Os dois mais conhecidos, são o CB1 e o CB2. O CB1 prevalece no sistema nervoso central (no cérebro) e regulam dor, apetite, humor, coordenação entre outros. Os receptores CB2 prevalecem por todo o corpo e sistema imunológico, com fortes efeitos em dores e inflamações.

O CBD tem um efeito leve nos receptores chamados CB1, e com isso bloqueia os efeitos psicoativos do TCH. O CBD também inibe a degradação da anandamida (a molécula da felicidade), aumentando seus níveis.

 

Fonte adptada do site: https://www.cannabisesaude.com.br/cannabis-no-tratamento-de-problemas-neurologicos-o-que-a-ciencia-sabe/