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Aumento do estresse sem precedentes, solidão, medo de adoecer, luto pela perda de entes queridos, impacto nas rotinas de trabalho e no dia a dia das pessoas, exaustão entre os trabalhadores de saúde, fechamento de empresas, desemprego, preocupações financeiras, todos são citados em estudos da OMS como fatores que desencadearam a alta dos casos de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, pensamentos suicidas durante a pandemia de Covid-19.
Segundo Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, informações disponíveis agora sobre o impacto da Covid-19 na saúde mental são apenas a ponta do iceberg. Por isso, ele tem enfatizado o pedido a todas as nações para dedicarem mais atenção à relação entre pandemia e impactos na saúde mental, de modo a pesquisarem, selecionarem e oferecerem o mais efetivo apoio em tratamento integral à população.
Segundo o neurocientista Sidarta Ribeiro, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Cannabis é justamente o remédio do século XXI, pois contém em si praticamente uma farmacopeia inteira, tantos são os benefícios no tratamento de diversas enfermidades: “ainda neste século veremos a Cannabis ser a primeira escolha médica para muitas doenças”.
Para além dos fatores externos que impactaram a saúde psíquica das pessoas, muitos infectados pelo SARS CoV-2, vírus que causa a Covid-19, têm experienciado sintomas mesmo após o final de sua infecção. Esse efeito a longo prazo é conhecido como “pós-Covid” ou “Covid longa”, condição reconhecida pela OMS desde outubro de 2021.
Publicado, na revista The Lancet Psychiatry, um estudo da Universidade de Oxford evidenciou que 34% dos pacientes recuperados da covid-19 foram diagnosticados com problemas psiquiátricos ou neurológicos.
Pessoas de todas as idades, mesmo os mais jovens, têm apresentado além de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, crises de pânico, foram verificados também insônia, dificuldade de atenção, de concentração ou de aprendizagem de novas tarefas, lapsos de memória (desde acontecimentos simples aos mais importantes da vida), névoa mental, sensação de lentidão, cansaço físico e mental.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em média, entre 10% a 20% das pessoas infectadas pela Covid-19 apresentam sintomas de Covid longa.
No Brasil, um estudo da Fiocruz identificou que cerca de 50% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 apresentaram sintomas pós-infecção.
Pesquisas indicam que os sintomas da Covid longa podem ser advindos da inflamação do tecido nervoso, da resposta imunológica exagerada e do prejuízo ao cérebro. Estudo publicado na revista “Nature” revelou observações de micro-hemorragias e lesão neuronal com morte de neurônios em diversas regiões do encéfalo, fenômenos que costumam ser vistos em várias doenças neurodegenerativas.
Segundo a dra. Luciana Oliva, psiquiatra e especialista em Atenção Básica à Saúde, podemos ainda considerar que outros mecanismos fisiopatológicos podem ser fatores de desenvolvimento de transtornos mentais, tais como a consequência do uso de fármacos instituídos no tratamento (a exemplo de corticosteroides, que podem desencadear transtornos de humor), bem como os casos de iatrogenia, com o emprego de terapias não apropriadas ao tratamento da doença.
Os sinais e sintomas da Covid longa são resultados dos danos que a infecção provocou e podem incluir manifestações novas ou a persistência daquelas que apareceram durante a infecção, relacionados ainda a estados de ansiedade e depressão:
Para cada um dos sintomas de Covid-19 a Cannabis Medicinal pode ser considerada como a primeira opção de remédio, por ser tratamento fitoterápico, assentado nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, com inúmeras pesquisas científicas que, em todo o mundo, comprovam os benefícios à saúde integral.
No seminário internacional Cannabis Medicinal: um olhar para o futuro, que foi promovido pela Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi), com apoio da Fiocruz, nos dias 9 e 10 de julho de 2022, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Sidarta Ribeiro foi enfático: “na cannabis existem cerca de 500 substâncias de interesse para a medicina. O impacto da cannabis na saúde humana só é comparável ao da penicilina, pela capacidade de combater bactérias e a eficácia na luta contra várias doenças”.
Em relação aos impactos da pandemia na saúde, com especial destaque ao aumento avassalador de casos de transtornos psiquiátricos e neurológicos, a Cannabis Medicinal deve ser incluída nas políticas públicas, como resposta aos enfáticos pedidos da OMS de cuidado à Saúde Coletiva.
Precisamos promover a divulgação científica das descobertas acerca do potencial terapêutico dos óleos de Cannabis, fazendo chegar o devido conhecimento a tantos pacientes e familiares de que dela necessitam, assim como precisamos investir na devida capacitação e qualificação de nossos profissionais de saúde, a fim de juntos formarmos uma rede integrativa de cuidados à saúde da população brasileira.
Muitos já são aqueles que, por preconceito ou desconhecimento, eram contrários ao uso terapêutico com a Cannabis Medicinal e, ao notarem os bons resultados, em si próprios ou em parentes e amigos, mudaram de ideia.
Dessa forma, há pessoas convertendo parentes e amigos para essa causa de saúde natural: a informação de qualidade contribui para isso.
Referências
Pandemia de Covid-19 gerou alta de 25% dos casos de ansiedade e depressão | ONU News. https://news.un.org/pt/story/2022/03/1781502 [Acessado em 23 de Junho 2023].
Seminário apresenta os benefícios do uso medicinal da cannabis. Fiocruz. https://portal.fiocruz.br/noticia/seminario-apresenta-os-beneficios-do-uso-medicinal-da-cannabis [Acessado em 23 de Junho 2023].
Varella DD. Neurocovid: conheça os efeitos psiquiátricos e cognitivos da covid longa. Drauzio Varella. https://drauziovarella.uol.com.br/coronavirus/neurocovid-conheca-os-efeitos-psiquiatricos-e-cognitivos-da-covid-longa/ [Acessado em 23 de Junho 2023].
